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Alugar ou comprar um imóvel?

A decisão de alugar ou comprar um imóvel é uma das mais importantes para muitos brasileiros. Segundo um levantamento do Datafolha em parceria com o QuintoAndar, 87% das pessoas no país enxergam a casa própria como um dos maiores objetivos de vida. Contudo, a escolha entre financiar um imóvel ou optar pelo aluguel não é apenas uma questão de desejo, mas também de estratégia e planejamento.

Para colocar em perspectiva, dados do Banco Central apontam que a taxa de juros do financiamento imobiliário no Brasil gira em torno de 8% a 10% ao ano, dependendo do perfil do comprador e do banco escolhido. O valor impacta diretamente o custo total do financiamento, que pode dobrar ou até triplicar o preço inicial do imóvel em prazos longos, como 30 anos.

Por outro lado, o valor médio do aluguel cresceu cerca de 15% nos últimos 12 meses em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, de acordo com o Índice FipeZap.

O que levar em consideração para alugar um imóvel? 

Escolher pelo aluguel pode ser uma saída estratégica dependendo da fase da vida e dos objetivos financeiros de cada pessoa. Vamos analisar os principais pontos que devem ser considerados:

Prós do aluguel

  1. Flexibilidade de mudanças: alugar permite uma maior mobilidade, sendo ideal para quem está em transição de carreira, experimentando novas cidades ou regiões, ou ainda não deseja criar raízes em um local fixo.
  2. Menores custos iniciais: ao alugar, os gastos são reduzidos em comparação à compra de um imóvel. Normalmente, é necessário pagar apenas um depósito caução ou taxas menores, enquanto a aquisição exige uma entrada substancial e custos adicionais, como o ITBI e registro.
  3. Sem preocupação com manutenção pesada: reparos estruturais, grandes reformas ou substituições importantes geralmente ficam a cargo do proprietário, poupando o inquilino de despesas inesperadas.
  4. Liberação de recursos para investimentos: o dinheiro que seria usado em uma entrada pode ser aplicado em investimentos que, dependendo do rendimento, podem gerar retornos superiores à valorização do imóvel.

Contras do aluguel

  1. Falta de patrimônio: o principal ponto negativo do aluguel é que os valores pagos mensalmente não se traduzem em um bem próprio no futuro. Esse dinheiro é uma despesa sem retorno direto.
  2. Aumento imprevisível de custos: contratos de aluguel são sujeitos a reajustes anuais, geralmente baseados no índice IGP-M ou IPCA. Isso pode tornar os valores mais elevados e imprevisíveis a longo prazo.
  3. Regras e limitações: aluguéis frequentemente vêm acompanhados de restrições, como impossibilidade de realizar reformas ou alterações no imóvel, limitações para ter pets ou até mesmo na escolha de decoração.
  4. Instabilidade residencial: não há garantias de permanência no imóvel além do período contratado. Isso significa que o inquilino pode precisar mudar caso o proprietário decida vender ou não renovar o contrato.

Tabela comparativa

AspectoVantagem do aluguelDesvantagem do aluguel
FlexibilidadeMobilidade para mudançasSem estabilidade permanente
Custos iniciaisMenores despesas ao entrarGastos sem retorno em patrimônio
ManutençãoProprietário arca com custosAlgumas restrições de uso
Ajustes financeirosLiberação para investirReajustes anuais e custos crescentes

Sendo assim, o aluguel é uma opção que favorece pessoas em busca de flexibilidade e menor comprometimento financeiro a curto prazo. Contudo, é importante considerar os impactos dessa escolha a longo prazo — em relação à construção de patrimônio.

O que levar em consideração para comprar um imóvel?

A decisão de comprar um imóvel está diretamente ligada ao desejo de estabilidade e à construção de patrimônio. Mas, como qualquer investimento, é necessário analisar cuidadosamente os benefícios e desafios dessa escolha.

Prós da compra

  1. Construção de patrimônio: ao pagar as parcelas do financiamento ou quitar o imóvel à vista, você está investindo em um bem que será seu. A longo prazo, isso representa segurança financeira e um ativo que pode ser valorizado.
  2. Estabilidade residencial: ser proprietário elimina preocupações com reajustes de aluguel ou possibilidade de despejo. Isso é excelente para quem busca criar raízes em uma localização específica.
  3. Liberdade para personalização: um imóvel próprio permite reformas, mudanças estruturais e decoração conforme o gosto do proprietário, algo geralmente restrito no aluguel.
  4. Potencial de valorização: em determinadas regiões ou períodos, o imóvel pode se valorizar acima da inflação, o que aumenta o retorno financeiro em caso de venda futura.

Contras da compra

  1. Custos iniciais elevados: a compra exige uma entrada substancial (geralmente 20% do valor do imóvel) e despesas adicionais, como ITBI, escritura e registro, que podem representar até 5% do preço total.
  2. Comprometimento financeiro a longo prazo: financiamentos imobiliários costumam durar décadas, resultando em um comprometimento contínuo e significativo da renda familiar.
  3. Responsabilidade com manutenção: reparos e reformas são de responsabilidade do proprietário, o que implica custos adicionais inesperados, como consertos de infraestrutura ou substituição de sistemas.
  4. Menor flexibilidade: comprar um imóvel pode limitar sua mobilidade, dificultando mudanças para outras cidades ou regiões em caso de novas oportunidades.

Tabela comparativa

AspectoVantagem da compraDesvantagem da compra
Construção de patrimônioBem próprio e valorizaçãoCustos iniciais elevados
EstabilidadeSem reajustes ou despejoComprometimento de décadas
PersonalizaçãoLiberdade para reformasCustos de manutenção
FlexibilidadeNão depende de terceirosMobilidade limitada

Comprar se alinha a quem busca estabilidade e o benefício de ter um bem próprio a longo prazo. Ainda assim, os custos iniciais e o compromisso financeiro requerem planejamento detalhado.

Exemplo prático: financiamento versus aluguel

Imagine que você está avaliando um imóvel de R$ 700 mil. Para facilitar, vamos comparar os custos de financiamento e aluguel ao longo de 30 anos.

Cenário 1: financiamento

  • Entrada inicial: R$ 140 mil (20% do valor do imóvel, mínimo exigido pelos bancos).
  • Financiamento: R$ 560 mil restantes, parcelados em 360 meses (30 anos) com uma taxa efetiva de 10% ao ano.
  • Custo total do financiamento: ao longo dos 30 anos, o valor final pago será de aproximadamente R$ 1,625 milhão, considerando juros e correções.

O valor médio das parcelas inicia em R$ 6.000 e diminui gradualmente, com uma média ao longo do período de R$ 4.125 mensais.

  • Patrimônio ao final: após 30 anos, você terá um imóvel próprio que, ajustado pela inflação, continua valendo cerca de R$ 700 mil em valores atuais. Se o imóvel valorizar acima da inflação, o patrimônio líquido será ainda maior.

Cenário 2: aluguel

  • Aluguel mensal inicial: R$ 3.500 (valor aproximado para um imóvel de R$ 700 mil, com ajustes anuais pelo IPCA, média de 4% ao ano).
  • Gasto total em 30 anos: com os reajustes, o total acumulado pago em aluguel será de aproximadamente R$ 1,260 milhão.

Agora, suponha que você invista a diferença mensal entre o aluguel (R$ 3.500) e a parcela média do financiamento (R$ 4.125). 

Isso equivale a R$ 625 por mês, investidos em aplicações com rendimento médio de IPCA + 3,5% ao ano. Após 30 anos, esse investimento acumularia cerca de R$ 370 mil líquidos, já descontados impostos.

Comparação final

AspectoFinanciamentoAluguel
Custo total (30 anos)R$ 1,625 milhãoR$ 1,260 milhão
Economia acumuladaNão aplicávelR$ 370 mil
Patrimônio ao finalImóvel próprio de R$ 700 milNenhum
FlexibilidadeLimitadaAlta
EstabilidadeAltaMédia (reajustes anuais)

O que isso significa?

  • Empate técnico com entrada mínima: com uma entrada de 20%, financiar e alugar resultam em valores líquidos bastante semelhantes ao longo dos 30 anos. A diferença está no resultado final: enquanto no aluguel você paga por algo que nunca será seu, no financiamento, o imóvel se torna um patrimônio.
  • Vantagem da compra com entrada maior: ao aumentar a entrada para R$ 400 mil, o custo total do financiamento cai para cerca de R$ 1,265 milhão. Isso gera uma economia de R$ 400 mil em comparação ao cenário de entrada mínima, além de reduzir o valor das parcelas para R$ 2.400 em média, abaixo do aluguel.

Quando o aluguel faz mais sentido?

Alugar é mais vantajoso se você valoriza a mobilidade, quer evitar custos iniciais altos ou deseja investir em ativos financeiros que podem render mais do que a valorização do imóvel.

Quando o financiamento é a melhor opção?

Financiar vale a pena se o objetivo é construir patrimônio, obter estabilidade residencial e aproveitar os benefícios de um imóvel próprio. O ideal é aumentar o valor da entrada para reduzir os custos totais e as parcelas mensais.

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